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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Salário mínimo evolui, mas não agrada

Segundo o Ministério do Planejamento, o salário mínimo terá um aumento de 7,9% em 2013, portanto, o valor hoje afixado em R$ 622 contará com a quantia de R$ 670,95.

Foto: Divulgação
O salário mínimo é um direito que está assegurado pela Constituição, sendo que cada região pode instituir um valor, e distribuí-lo de acordo com sua população e alcance geográfico. Seu valor é feito com base na contenção de despesas de alimentação, educação e condições básicas de sobrevivência do ser humano, porém, ainda é muito questionado com relação a sua média de cálculo.

Após passar por diversos reajustes, o trabalhador brasileiro faz críticas sobre o mínimo. Para muitos, ele ainda é pouco, como disse o metalúrgico Sinvaldo Pereira. “Dá pra aumentar mais. Tem gente que vive só com um salário (mínimo). O governo tem que pensar nessas pessoas, com R$ 622 você passa fome. Quase não dá pra pagar um aluguel com esse dinheiro”, afirmou.

Rosemeire Pontes conta que passou três anos vivendo com apenas um salário mínimo. Atualmente com um salário melhor, a cabeleireira gostou do aumento, mas questiona a elevação do preço dos alimentos. “É bom esse aumento, todo mundo gosta. Mas o que adianta aumentar o salário e o saco de arroz custar R$ 15? Eu acho que o Brasil é um país grande, mas tem um governo que pensa tão pequeno” concluiu Rosemeire.

Entretanto, o economista Saulo Teixeira, disse que o valor não pode chegar ao ideal de uma hora para outra, pois poderá causar danos a economia. “O aumento tem que ser feito aos poucos. Mesmo distante do ideal, o governo está trabalhando bem em incorporar a variação do PIB (Produto Interno Bruto), além das perdas causadas pela inflação”, complementou Teixeira. 

O governo estima que a cada R$ 1 de avanço no mínimo gere uma despesa de R$ 308 milhões nos cofres públicos. Como o novo salário será R$ 48 superior ao atual e o impacto será de R$ 15, 1 bilhões.

Por: Willy Matos e Juliana Alves

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